Santa Hildegarda de Bingen

 

Acabei de concluir mais um livro e dessa vez sobre uma santa que não conhecia; não apenas uma santa, mas uma doutora da Igreja e mística: Santa Hildegarda de Bingen. O livro é pequeno com apenas 266 páginas, possui nove capítulos e possui ainda três apêndices e foi escrito por  Régine Pernoud, uma medievalista francesa que escreveu esse livro em 1994.




O livro é escrito de forma detalhada e não é difícil  leitura. Ele apresenta a vida de santa Hildegarda na infância, baseando-se no que a própria santa fala de si mesma, e sua vida como mística. Além disso nos mostra trechos da obra da santa e suas contribuições nas ciências naturais, música e arte. Ainda traz três poemas de Santa Hildegarda, e uma Carta Apostólica e Catequese de Bento XVI.

Santa Hildegarda nasceu de uma família da nobreza em 1089 em Bermersheim, na Alemanha. Começou a ter visões ainda criança, mas não as divulgava pois logo compreendeu que somente ela tinha essas visões. Foi entregue para ser educada por Juta de Sponheim que era abadessa de Disiodenberg,  tornando-se monja beneditina com aproximadamente 15 anos. Com a morte de Juta, tornou-se abadessa deste mesmo mosteiro

Não se tem noticias de como foi seu período no mosteiro, até que ela escreve seu livro Scivias, que demora 10 anos para ser completo, e o papa o lê e muito se agrada do livro. Esta obra se divide em três livros, onde ela apresenta suas visões acerca de  Cristo, da Salvação e da Igreja. Mas Hildegarda não ficou apenas nesta obra, ela ainda escreveu outros livros como: O livro dos méritos da vida e o Livro das obras divinas; além de livros sobre a natureza e que são usados como referência até hoje. Além disso, ela estabeleceu correspondência com vários personagens, como o papa, bispos, reis, sacerdotes, monges e pessoas simples e ordinárias que buscavam seu aconselhamento.

Também muito contribuiu com a música também, compondo cantos gregorianos e sinfonias, para ela a música auxiliava a “amolecer os corações duros”. Por isso, sofreu muito já em sua velhice, quando por um mal entendido, foi proibida a música na liturgia, pois para ela a música era um meio de proclamar louvores a Deus.

É importante também comentar que fez muitas pregações. Em suas viagens pregou em mosteiros e Igrejas, onde clamava a conversão e penitência, chamando os sacerdotes a viverem uma vida em conformidade com o Evangelho de Cristo e não segundo o seus próprios prazeres.

Não se pode esquecer também dos milagres e exorcismo que realizou e também de como criou uma língua, a língua ignota. Podemos ver, portanto, eu Santa Hildegarda, apesar de ser poco conhecida, não é de maneira nenhuma menos importante. Pois poucas santas se destacaram em tantos campos distintos e variados, por isso sendo agraciada com o nome de doutora da Igreja.

Faleceu em Bingen em 17 de setembro de 1179 nos deixando uma grande variedade de escritos e músicas.

Fico feliz de ter conhecido esta santa e fiquei muito impressionada ela existência de uma simples monja beneditina mística existente durante a Idade Média.

Recomedo muito a leitura deste livro, para conhecer a vida desta santa tão impressionante, abaixo vou colocar um de seus poemas, que possa nos inspirar a crescer na vida espiritual.

Pernoud, Régine. Santa Hildegarda de Bingen: mística e doutora da Igreja. Trad: Roberto Mallet. Dois Irmãos, RS: Minha Biblioteca Católica, 2020




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