Santo Antônio de Pádua

Hoje vou fazer o review de mais um livro:  A História de Santo Antonio de Pádua, por Pe Antonio 





Em comemoração ao mês de junho, que é comemorado o dia de Santo Antonio, hoje vou falar do livro deste grande santo e ao longo desta semana vou abordar mais coisas a seu respeito. Começando hoje vou começar com as impressões deste livro.

O livro História de Santo Antonio de Pádua possui 270 páginas, foi escrito pelo Padre Antonio, do qual não consegui achar informações, porém sua linguagem é clara, permeada por suas impressões pessoais e reflexões e dos milagres do Santo Antonio. Por ter uma linguagem clara, é possível ler o livro em pouco tempo, pois não é de forma algum cansativo.

Santo Antonio nasceu em Portugal em 1195, com o nome de Fernando de Bulhões. Seu pai se chamava Martim de Bulhões e sua mãe Maria Teresa Taveira, ambos de família muito distinta na região. Também tinha uma irmã que se tornou freira agostiniana.

Desde cedo notou-se sua religiosidade e seu amor por Deus:

"Ele mostrava-se animado de uma sabedoria precoce e e imitava os exemplos de seus piedosos pais. Visitava frequentemente a igreja e os mosteiros." p 19


Muito jovem, com aproximadamente 15 anos ingressou em um convento agostiniano, se destacando por seu conhecimento e outras virtudes:

Foi fervoroso desde o inicio. Não teve de atravessar as provas da via de expiação; estava desde muito, mergulhado na luz divina” p  26

“Ele era a glória de sua ordem, a alegria de seus condiscípulos e o orgulho dos mestres”. Pg 26



Mas seus planos mudariam quando sua cidade recebeu os corpos martirizados de 4 franciscanos inflamando no coração do jovem a vontade de morrer por amor à Cristo. Por isso, tomou o hábito franciscano em 1220, aos 25 anos, adotando  o nome Antonio, em homenagem à Santo Antão, o "patriarca da vida cenobítica", partindo para ser martirizado porém:

 chegando ao local de tão santo apostolado, caiu logo enfermo; sua saúde [...] sucumbiu inteiramente a influencia do clima africano.[...] no fim do inverno de 1221, a prudência obrigou-o a regressar à Espanha, para se refazer de suas forças e por-se a disposição dos superiores”p 43

Em 1221 compareceu ao Capítulo Geral da Ordem onde pôde conhecer finalmente o fundador da Ordem, o então São Francisco. Antônio ficou morando com os outros irmãos em Monte São Paulo, com muita simplicidade e vida de oração, saindo dali apenas para receber as ordens sacras junto com os dominicanos, momento o qual a ser convidado a falar, mostrou, contra a sua vontade, todo o seu conhecimento e talento.

 “ Falou como já estivesse envelhecido no oficio. Animado do temor de Deus, exprimiu-se a princípio com simplicidade , mas a medida que se adiantava no desenvolvimento do assunto, empregou linguagem tão brilhante[...] que mergulhou seu auditorio na admiração, tanto pelo vigor da eloquencia,que surpreendia, como pelo ardor da caridade que edificava”. P 53

“Deus havia derramado em sua pessoa uma graça maravilhosa; dera-lhe uma língua cheia de eloquencia, uma voz com timbre metálico, que ressoava o longe com a força de um clarim; o que permitia fazer-se ouvir e compreender por todos os ouvintes” p.57 



Em 1223, a pedido de Francisco, começou a ensinar teologia para os irmãos, com o aviso de "não extinguir na alma o espirito de oraçao” (p.65). Por isso partiu para Bolonha, mas no ano seguinte, já partia para França para combater os albingenses, ganhando o apelido de " Martelo dos Hereges" e no ano seguinte já se tornava guardião do convento de Puy, tudo isso sem deixar o zelo apostólico, sendo cada vez mais conhecido pelo seu vasto conhecimento e oratória.

"Era mestre na arte de descobrir as fraudes e os artificios dos hereges; sabia frustrar os seus projetos; desmascarava suas dotrinas abomináveis e imprimia-lhes o estigma de suas palavras” p 73


Toda a sua vida foi dedicada a Deus e a seu serviço, buscava sempre ajudar aos mais pequenos e através de seus sermões convertia a muitos, embora tornasse famoso por onde passava, não deixava isso lhe afetar, agindo com toda a humildade, buscando sempre seguir a palavra de Deus. 

Durante toda a leitura do livro pude perceber as seguintes características no bom santo: ele era um excelente orador, sabendo transmitir as verdades eternas àqueles mais simples e sem entendimento; era imparcial, tratando os mais poderosos da mesma forma que tratava os mais  simples, não temendo nem mesmo a posição que se encontravam; era manso, embora fosse chamado Martelo dos Hereges, era calmo ao pregar aos demais visando a sua conversão e acima de tudo era  humilde, pois mesmo possuindo tantos dons e sendo tão famoso em sua  época, jamais isso lhe subiu ao coração e tornando-o orgulhoso, pelo contrário, tornou-o mais humilde.

Santo Antonio morre em 13 de junho de 1231 com apenas 35 anos, o relato é descrito abaixo:

“Apenas havia sentado à mesa, as forças o abandonaram: repentinamente, perdeu o equilíbrio. E o mal estar que experimentava aumentou mais e mais; foi constrangido a levantar-se, e, enconstado aos braços dos Irmãos, tentou caminhar. Mas lutou em vão contra o desfalecimento: não pôde sustentar o peso dos membros, e estendeu-se num leito de palha”. Pg 179.

Antes de falecer cantou o cântico Gloriosa Domina, que segundo a tradição era cantado por sua mãe  quando pequeno e a última coisa que disse: Vejo meu Deus.

Antônio morreu em paz e ainda em vida já era considerado santo, por conta disso começou uma dispta por seu corpo, pois certas moradores não queriam que o levassem para Pádua, conforme era seu desejo. Esta querela durou 5 dia, depois dos quais o santo foi levado a Pádua e lá enterrado.

Posteriormente foi construída uma igreja, hoje uma Basílica que guarda o corpo e as reliquias de Santo Antonio, entre elas a língua ainda intacta, prova que através dela muitos foram convertidos e o mal combatido.

No ano seguinte da sua morte já foi proclamado santo pela papa Gregório IX no dia da Assunção de Nossa Senhora e sua festa fiou sendo no dia 13 de junho dia de sua morte.

O livro porém, não termina com a canonização do santo, mas se dedica ainda a falar sobre os milagres que foram feitos em nome do santo, o seu culto e sua virtudes, além de explicar porque foi chamado santo das coisas perdidas.

Ao longo de sua vida o santo nos apresentou e ainda apresenta situações extraordinárias e miraculosas, das quais posteriormente mostrarei aqui. Hoje quero terminar com esta citação do livro que é muito importante sobre o Santo Antonio:

“Santo Antoio sabia unir a brandura e a força; havia nele algo de cordeiro e do leão. Era brando com os pequenos deste mundo, meigo com os meninos que acariciava, com os pobres que consolava, e com os pecadres que convertia. Era ­­­­terrível com os poderosos, a quem censurava em face ao abuso que faziam de sua autoridade, anunciando-lhes as responsabilidades que assumiam diante da história e perante Deus. Tinha um vívido sentimento da justiça: foi em toda parte seu intrépido campeão”p 270


Santo Antônio, rogai por nós!!


At, Antonio. História de Santo Antonio de Pádua. Dois Irmãos, RS: Minha Biblioteca Católica, 2018.

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