Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem
Hoje vamos falar sobre este grande livro: O Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. Este livro possui 251 páginas e foi escrito por São Luís Maria Grignion de Montfort. O livro é dividido em Duas Partes, além de ter uma Intodução e Apêndice, e no final ainda traze várias orações. A linguagem do livro é muito clara, simples, qualquer leitor poderia compreender com facilidade, além de ser escrito de uma foma dialogada como se sempe estivesse convesando com o leitor.
Na Parte I, ele se dedica a demonstrar a importância de uma devoção a Maria. Maria, como Mãe de Jesus, foi a obra-prima de Deus, visto que foi por ela que Jesus veio ao mundo. Dessa forma ela é uma pessoa com muitas virtudes e que para chegar mais próximo e rápido a Jesus deveríamos fazer por meio dela, por conta da humildade. Devemos ser pois, escravos de Jesus, por meio de Maria, pois sendo escravo de Maia, imitando as suas virtudes, realizando seus desejos, agindo como ela e amando como ela, nós chegaríamos mais seguramente à presença de Jesus, que nada nega à sua Mãe.
Ao longo da Parte I ele vai diferenciando os verdadeiros devotos e os falsos devotos. Assim, devemos nos policiar, pois a Consagração, não é apenas rezar Rosarios e cantar Cânticos de louvores, mas vai além disso.
Como é então a Verdadeia devoção à Santíssima Virgem?
Surge de dentro da mente e do coração e enche-nos de confiança na Santíssima Virgem, levando-nos a "recorrer a ela a qualquer necessidade do copo e da alma”, como por exemplo:para que nossas duvidas sejam esclarecidas, voltemos ao caminho correto, ser erguidos quando pecamos, consolos, etc
Além disso, leva-nos a evitar o pecado e imitar as virtudes de Maria, nos encorajando a se opor ao que se opõe a Jesus, como as modas do mundo, e inclinações desordenadas da carne e buscar com a sinceridade de coração a buscar somente a Deus e a sua Mãe.
São Luís ainda elenca várias práticas reais de devoção, listarei aqui apenas algumas:
Interiores:
-estima-la e honrá-la mais do que todos os santos
-meditar suas virtudes e ações
-oferecer atos de amor, ouvor e gratidão
-invocá-la com um coração alegre
-fazer tudo para agradá-la
-fazer ações por meio dela, com ela, nela e por ela
Exteriores:
-dar esmolas, jejuar
-Carregar consigo sinais de devoção: rosário, escapulário e correntinha
-recitar as quinze dezenas do Rosário
-rezar uma das orações: Pequena Coroa de Nossa Senhora, Pequeno Oficio de nossa senhora
-cantar-lhe hinos
-por de joelhos ou inclinar-se todas as manhãs
-adornar suas estátuas
-dar-se a e meio de uma Consagração especial
Ele ainda critica aqueles que dizem que os que prestam respeito a Nossa Senhora são idólatras e estão deixando Jesus de lado. Mas ele responde que é o contrário, o amor à Maria conduz a Jesus, e se imitamos suas virtudes, estaremos amando Jesus e o agradando, logo não há esse tipo de malefício que alguns críticos dizem, já que estamos sempre amando o nome de Jesus.
Ele esclarece isso mais na Parte II, Com o título "A Perfeita Conasgração a Jesus Cristo", em que o autor vai descrever em que consiste a Consagração, os motivos, os efeitos, além de fazer uma comparação com a história de Rebeca e Jacó.
Em que pois, consiste a Consagação proposta pelo São Luís Maria?
Consiste em dar tudo a Maria: nossos corpos, almas, posses materiais, virtudes, méritos, obras do presente e do futuro, para permanecer inteiramente com Jesus, sem esperar nada em troca. Assim, o consagrado não terá mais o controle de seus méritos e das consequencias de suas boas obras, mas tudo petencerá à Maria.
Quando lemos, ficamos até um pouco temerosos,por conta da nosssa falta de entendimento, mas ele se explica mais a frente:
"Damos-lhes nossos méritos, graças e virtudes, não para que ela os possa dar a outros, pois todos são, estritamente falando, intransferíveis, [...] Mas lhos damos a fim de que ela possa guardá-los, aumentá-los e embelezá-los [...] a fim de que ela posssa aplicá-los onde bem queia, para a maior glória de Deus" p.93
Dessa forma nos entregamos completamente a Deus, e não iremos atrás Dele, apenas para satisfazer os nossos próprios desejos egoístas, mas demosntramos pela confiança e renúncia a este mundo, além de ,dessa foma, ajudar a outros, aumentando nossa união com Jesus.
Existem muitos outros autoes que falam sobe a Consagração, mas São Luís confia em seu método, já que ele nos ajuda a chegar com segurança a Jesus, que é o nosso foco sempre. Ele então estabelece os passos e indica as orações que deverão ser feita e que estão dispostas no final do livro .
Primeiramente tem um período de reflexão e Preparação onde a pessoa passa cerca de 12 dias se esvaindo do espirito do mundo; depois disso se dedica 6 dias pedindo a Deus o espirito de humildade buscando o conhecimento de si.
“considerarem durante seis dias da semana, como nada senão caracóis, lesmas, sapos, porcos, cobras e bodes”p 177
Para tanto se reza as seguintes orações: Ladainha do Espirito Santo para pedir a graça do autoconhecimento, Ave Maristella e Ladainha de Nossa Senhora
Na segunda semana (de 6 dias) oramos pedindo a compreensão sobre a Virgem Maira, esfoçando-se para conhecer suas virtudes, seus méritos para que possamos amá-la realmente e imitar suas vitudes. Para tanto se reza: Ladainha do Espirito Santo e Ave Maristela e o terço.
Na terceira semana se pede a iluminação para entender melhor o Cristo, pois só amamos o que realmente conhecemos. Fazer as orações anteriores acrescentando a Ladainha do Santo Nome de Jesus.
No final das três semanas deve-se confessar, participar da Santa Comunhão com a intenção de se consagrar a Jesus por meio de Maria, depois recitar o Ato de Consagração, além de oferecer algum tributo pelas infidelidades passadas, como jejum, esmola, etc
A Consagração deve ser renovada sempre para nos lembrarmos as promessas do Batismo e manter sempre viva em nós a devoção. Mas ele diz que pode se renovar a cada ano, na mesma data escolhida, repetindo os execícios das três semanas.
E após disso, o consagrado deve dar continuidade com sua vida de oração, e ele ainda indica como as seguintes orações: A Pequena Coroa de Nossas Senhora, o Rosário, o Magnificat, honrar o Mistério da Encarnação e ter desprezo pelo mundo, uso das correntes.
Essas são, porém, práticas exteriores, mas que devem ser influenciadas pela sua devoção interior. Pois se não for assim, logo se acometerá o espírito da vaidade, e suas ações será baseada apenas no elogio de alguns, mas e quanto à devoção interior?
Práticas interiores da devoção
As práticas interiores requer que façamos tudo: por meio de Maria, com Maria, por Maria e em Maria, como se fóssemos verdadeiros escravos dela, querendo realizar todas as suas vontades e imitando suas virtudes sem esperar nada em troca.
“devemos obedecê-la sempre e em tudo sermos guiados pelo Espirito Santo de Deus”p 192
“em tudo o que fizermos temos de olhar para Maria como um modelo perfeito de todas as virtudes
“como Maria realizou tal tarefa, ou em como ela a teria realizado, estivesse ela em nosso lugar”p 195
Com estes pensamentos sempre presente, será impossível não agradar a Deus.
No último capitulo ele faz uma meditação sobre a Comunhão e como devemos fazer antes, durante e depois, para aproveitarmos o máximo de tempo possível com Jesus.
No final do livro São Luís Maria traz as orações que ele recomennda para bem fazer a Consagração.
Minha Conclusão:
Muitas pessoas não entendem o que quer dizer a Consagração segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort. Acreditam que se resuma a apenas usos de acessórios exteriores ou ainda que é necessário formar grupos ou de um direcionamento de um diretor ou padre. Eu mesma acreditava nisso, mas através de estudo e leitura mudei minha maneira de pensar. Não tenho nada contra qem realiza essas atitudes, mas gostaria de deixar claro que a Consagração é uma devoção pessoal e interior, as práticas exteriores, são boas e necessárias, mas não fundamentais. Por isso, não pense que estaria pecando por esquecer de usar a correntinha um dia, e também que todas as devoções devem ter por fim último Jesus e ser feita por amor e com amor e não por obrigação ou algum tipo de escrúpulo.
Antes de ler o livro eu tinha um certo temor de fazer a Consagração, mas acredito que todos os catolicos deveriam fazer e se dedicar ao crescimento da devoção no coração, pois não há erro, se imitarmos Maria chegaremos a Jesus, devemos ter cuidado para não cair no perigo da vaidade.
Recomendo muito este livro, e esta edição da Minha Biblioteca Católica é linda e bem feita!!💓💕💖😍
Montfort, Luís Maria Grignon de. Tratado da Verdadeira Devoção à SantissimaVirgem. Trad: Raul Martins. Dois Irmãos, RS: Minha Biblioteca Católica, 218.
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